O Equador, que se tornou o primeiro país a reconhecer os direitos da natureza em sua constituição, enfrenta um momento decisivo em 16 de novembro. Os eleitores decidirão se aprovam um referendo que poderá levar à reescrita da constituição, colocando em risco os direitos fundamentais consagrados para a natureza e as comunidades indígenas. Este movimento gera preocupações sobre a direção política do país sob a administração do presidente Daniel Noboa.
Desde a promulgação da constituição de 2008, o Equador serviu de modelo para outros países na proteção ambiental. No entanto, Noboa, que defende uma nova constituição para combater o crime, tem sido criticado por suas intenções de limitar direitos processuais e por apoiar práticas extrativas. Ambientalistas alertam que a reescrita pode eliminar as proteções conquistadas ao longo dos anos, favorecendo interesses econômicos em detrimento da biodiversidade.
Com a votação se aproximando, a disparidade nos gastos entre os apoiadores e opositores do referendo levanta preocupações sobre a transparência do processo. A decisão dos eleitores não afetará apenas a Amazônia, mas também outras regiões ecologicamente ricas do Equador. Os defensores dos direitos da natureza alertam que o resultado poderá impactar cada cidadão equatoriano, refletindo um possível retrocesso nas políticas ambientais do país.


