Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, o premiê alemão, Friedrich Merz, declarou que jornalistas que o acompanhavam ficaram ‘contentes’ ao retornar à Alemanha. Suas palavras geraram críticas imediatas, com o prefeito de Belém, Igor Normando, descrevendo as declarações como ‘infelizes, arrogantes e preconceituosas’. O governador do Pará, Helder Barbalho, também se manifestou, afirmando que o estado abriu as portas para o mundo e que a fala de Merz revelava mais sobre ele do que sobre o Brasil.
Merz, em seu discurso no Congresso Alemão do Comércio, fez uma comparação entre a beleza da Alemanha e o acolhimento no Brasil, mas sua abordagem foi interpretada como desdenhosa. Normando e Barbalho defenderam a imagem do Pará e do Brasil, ressaltando a importância da Amazônia e a hospitalidade do povo local. Além disso, a repercussão negativa das declarações de Merz trouxe à tona um debate sobre a percepção internacional do Brasil e o impacto da COP30.
As críticas ao chanceler se intensificaram, com figuras políticas como o deputado Rogério Correa e o senador Randolfe Rodrigues usando suas falas como oportunidade para defender o Brasil. Enquanto isso, a oposição aproveitou a polêmica para criticar o governo Lula, sugerindo que a COP30 foi uma humilhação para o Brasil. A situação gerou pressão sobre Merz para que se desculpasse, evidenciando a delicadeza das relações entre os países em eventos internacionais.


