Queda nos preços do petróleo reflete temor de excesso de oferta

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, os contratos futuros de petróleo enfrentaram uma queda significativa, impulsionada pela percepção de que a oferta global continua alta e que a demanda pode enfraquecer nos próximos meses. O petróleo WTI para dezembro fechou a US$ 59,43 o barril, enquanto o Brent, negociado para janeiro, recuou para US$ 63,38. Esses movimentos se dão após um aumento nos estoques de petróleo nos Estados Unidos, o maior desde julho, que gerou novas pressões sobre os preços.

As revisões nas projeções de mercado, realizadas por instituições como a Oxford Economics, indicam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deve interromper os aumentos de produção em 2026, contribuindo para um superávit no mercado. A Capital Economics também apontou que a força das exportações marítimas da Rússia persiste, apesar das sanções, o que pode intensificar a pressão sobre os preços. Esse cenário levanta questionamentos sobre a robustez da demanda em relação à crescente oferta.

Com a expectativa de um superávit no mercado, as instituições financeiras projetam que o preço do Brent pode atingir uma média de US$ 63,60 em 2026, com possíveis pressões adicionais nos próximos meses. O MUFG e o ING destacam que a situação atual do mercado é preocupante, e as incertezas em torno dos fluxos de petróleo da Rússia continuam a ser um fator relevante. A situação atual requer atenção, à medida que as dinâmicas de oferta e demanda evoluem.

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