O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se vê em uma situação complicada na guerra contra a Ucrânia, com o Exército russo apresentando avanços limitados e uma resistência acirrada por parte dos ucranianos. Apesar das promessas de vitória, a realidade no campo de batalha é de estagnação, evidenciada pelo uso de táticas que resultam em perdas significativas para os soldados russos. A revista Economist sintetiza essa frustração, afirmando que a Ucrânia não irá se render, enquanto a Rússia não parece ter uma estratégia clara para vencer.
A rotina de Putin é marcada por uma paranoia que o leva a ocupar múltiplos gabinetes, todos idênticos, em locais distantes, como uma forma de se proteger de possíveis ameaças internas e externas. A abordagem cautelosa reflete a mentalidade de um líder que não suporta a incerteza, especialmente em um contexto onde a crítica à sua liderança se intensifica. A situação é agravada por um ambiente de repressão, onde até mesmo blogueiros militares enfrentam severas punições por questionar as decisões do governo.
As implicações dessa guerra vão além das fronteiras da Ucrânia, afetando as relações da Rússia com potências globais como os Estados Unidos. A pressão sobre Putin aumenta à medida que ele precisa decidir entre manter sua influência na Venezuela e enfrentar as consequências de uma guerra prolongada. Esse cenário sugere que a continuidade do conflito e as dificuldades enfrentadas por Putin podem ter desdobramentos significativos para a política internacional e a segurança global.