Na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), realizada em Belém, grupos indígenas bloquearam o acesso principal ao evento nesta sexta-feira, 14. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP-30, conversou com as lideranças indígenas, afirmando que suas reivindicações são legítimas e que o diálogo é necessário para apaziguar os ânimos.
A manifestação dos indígenas Mundurukus visa contestar projetos de hidrovias e créditos de carbono, em um momento em que o secretário para o Clima da ONU, Simon Stiell, pediu melhorias na infraestrutura do evento, que conta com 56 mil inscritos. Dentro da conferência, os países competem para atrair atenção, utilizando brindes e elementos culturais como estratégia de soft power, mostrando a complexidade das dinâmicas políticas em jogo.
As ações dos indígenas refletem uma preocupação mais ampla com a preservação ambiental e os direitos territoriais, enquanto a COP-30 se transforma em um espaço de disputa simbólica e política. O resultado desses protestos poderá influenciar futuras discussões sobre sustentabilidade e políticas climáticas, ressaltando a importância do diálogo entre diferentes vozes na luta contra as mudanças climáticas.