Em 2025, a produção mundial de vinho registrou um leve aumento de 3%, totalizando 232 milhões de hectolitros, conforme relatado pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). No entanto, essa produção ainda é 7% inferior à média dos últimos cinco anos, refletindo os efeitos adversos de condições climáticas extremas em diversas regiões vinícolas. O diretor-geral da OIV, John Barker, destacou que as oscilações climáticas têm sido a principal causa da produção abaixo do esperado nos últimos três anos.
Na Europa, a situação é preocupante, com a França enfrentando sua menor safra desde 1957 e a Espanha registrando a produção mais baixa em três décadas. A Itália, por outro lado, conseguiu um aumento de 8% na produção, recuperando-se como o maior produtor mundial. Nos Estados Unidos, a produção também cresceu, embora continue abaixo dos picos históricos, enquanto o Hemisfério Sul, liderado pela África do Sul e Austrália, viu uma recuperação de 7% na produção.
Embora a baixa produção possa ser desafiadora para vinicultores e regiões específicas, Barker acredita que essa situação pode ter um efeito positivo a longo prazo, alinhando oferta e demanda. A OIV deve revisar suas estimativas ainda este ano, o que poderá influenciar o mercado global de vinhos, especialmente em um cenário de desaceleração no consumo, particularmente na China.