Durante uma sabatina no Senado em 12 de novembro de 2025, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reafirmou a importância da independência da Procuradoria-Geral da República (PGR) e o respeito às competências dos demais Poderes. Gonet argumentou que a PGR não deve ser utilizada como instrumento de disputa política e que sua atuação deve ser pautada pela racionalidade técnica e pelo respeito à Constituição. Ele destacou que a PGR evita denúncias precipitadas e não participa de espetáculos midiáticos, defendendo que nenhum caso é levado à imprensa sem um minucioso exame jurídico.
O procurador também abordou a necessidade de cooperação interinstitucional no enfrentamento de crimes complexos, mas sem que isso signifique sobreposição ao trabalho dos outros Poderes. Ele criticou a politicização da PGR e reforçou que a legitimidade de suas ações deve ser aferida pela consistência jurídica e não pela popularidade. Em um balanço de sua gestão, Gonet mencionou a participação da PGR em 8.969 processos e o uso de acordos de não persecução penal por 568 investigados até outubro de 2025.
A sessão de sabatina foi marcada pela avaliação do seu nome para recondução ao cargo, que já recebeu um parecer favorável do relator, senador Omar Aziz. A votação está prevista para ocorrer ainda no mesmo dia, o que poderá impactar a continuidade de sua gestão à frente da PGR. Gonet enfatizou que a atuação da PGR deve sempre respeitar os limites estabelecidos pela Constituição, mantendo o foco na proteção da ordem democrática e dos direitos fundamentais.


