O presidente da região de Valência, Carlos Mazón, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira, um ano após as devastadoras inundações de 2024 que resultaram na morte de 229 pessoas. Durante seu discurso na sede do Governo, ele expressou sua incapacidade de continuar, especialmente após as críticas contundentes das famílias das vítimas que o chamaram de ‘assassino’ durante uma cerimônia de lembrança. Mazón esteve ausente por várias horas no dia da tragédia devido a um almoço com uma jornalista, o que gerou mais indignação entre os afetados pela catástrofe.
As inundações em Valência foram marcadas por uma resposta governamental criticada por sua lentidão, especialmente na emissão de alertas que poderiam ter salvado vidas. Mazón, que continuará como deputado, será substituído por um membro de seu partido, o Partido Popular, até as próximas eleições em 2027. Sua saída ocorre em um contexto de crescente pressão sobre os líderes regionais para melhorar a gestão de crises e a comunicação com a população.
A renúncia de Mazón representa não apenas uma resposta à pressão social, mas também um desafio para o Partido Popular, que deve escolher um novo líder em meio a um clima de desconfiança pública. As investigações sobre a tragédia continuam, com a jornalista Maribel Vilaplana prestando depoimento nesta segunda-feira. Esse episódio destaca a importância da responsabilidade e da transparência na liderança em situações de emergência.

