O show de Kanye West, que estava programado para o dia 29 de novembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi cancelado pela Prefeitura. A decisão foi tomada em decorrência de declarações controversas do artista, que incluem discursos antissemitas e apologia ao nazismo, resultando em uma ação do Ministério Público de São Paulo. A revogação da autorização foi considerada unilateral pela produtora do evento, que já havia cumprido com todas as obrigações financeiras necessárias.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a cidade não toleraria qualquer apologia ao nazismo em espaços públicos. A produtora destacou que, apesar de todos os esforços para realizar o evento, o clima político na cidade se tornou um fator impeditivo. Além disso, mencionou que os ingressos adquiridos poderão ser reembolsados ou utilizados em uma nova data, caso o show seja remarcado.
O Ministério Público instaurou um inquérito civil para impedir eventuais discursos de ódio durante o show, ressaltando que a liberdade de expressão tem limites. A promotoria alertou sobre as possíveis consequências legais para o artista e os organizadores, que poderiam enfrentar uma ação civil por danos morais coletivos. A situação reflete um crescente escrutínio sobre a responsabilidade social de figuras públicas em suas declarações.

