Na tarde de quarta-feira, 12 de novembro, quatro policiais militares entraram armados na Emei Antônio Bento, localizada no Butantã, São Paulo, após um pai acionar a polícia. O pai relatou que sua filha estava sendo forçada a participar de aulas sobre religião africana, o que o levou a retirar um desenho de Iansã que a criança havia feito do mural da escola, gerando a chamada para a polícia.
A diretora da escola, Aline Aparecida Nogueira, informou que a instituição não ensina doutrinas religiosas, mas sim um currículo antirracista que inclui a história e cultura afro-brasileira. O incidente causou indignação entre os pais, que se dispuseram a testemunhar sobre a situação. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo abriu uma investigação sobre a conduta dos policiais que atenderam à ocorrência, incluindo a análise de imagens de câmeras corporais.
A repercussão do caso envolveu uma queixa formal contra o pai da aluna por ameaça, registrada pela professora da escola. O Sindicato dos Profissionais de Educação expressou apoio à equipe da Emei e repudiação à entrada dos policiais, que consideraram como uma violação da autonomia pedagógica. Legisladores locais também estão acompanhando a situação, reforçando a importância da proteção à educação e ao ambiente escolar livre de intimidações.


