Ad imageAd image

Polícia Militar entra armada em escola de SP após queixa de pai

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

Na tarde de quarta-feira, 12 de novembro, quatro policiais militares adentraram a Emei Antônio Bento, localizada no Butantã, São Paulo, após um pai ter acionado a polícia. O motivo da solicitação foi um desenho de orixá feito pela filha, que, segundo o pai, indicava que ela estava sendo forçada a participar de aulas de religião africana. O episódio gerou grande repercussão entre as famílias da escola, que se mobilizaram para prestar depoimentos sobre o ocorrido.

A diretora da instituição, Aline Aparecida Nogueira, declarou que a escola não promove doutrinas religiosas, mas sim um currículo antirracista. Durante a abordagem policial, ela afirmou ter se sentido coagida, e a situação levantou questionamentos sobre a autonomia pedagógica da escola. O Sindicato dos Profissionais de Educação manifestou sua preocupação, ressaltando que a entrada dos policiais causou constrangimento e abalo emocional tanto em educadores quanto em alunos.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo iniciou uma investigação sobre a conduta da equipe que atendeu a ocorrência, incluindo a análise de imagens das câmeras corporais. Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação falou sobre a importância do ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo. O caso ainda atraiu a atenção de parlamentares, que pediram acompanhamento do Ministério da Igualdade Racial, o que pode levar a desdobramentos significativos na discussão sobre educação e direitos culturais.

Compartilhe esta notícia