PicPay critica Apple por restrições ao Pix por aproximação no iPhone

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

O PicPay expressou críticas à Apple, apontando que as exigências impostas pela empresa dificultam a implementação do Pix por aproximação em iPhones, diferentemente do que acontece no Android. A fintech argumenta que a Apple, com seu poder econômico, impõe obrigações e taxas que limitam a atuação de emissores de cartões e carteiras digitais, o que prejudica a competição no mercado de pagamentos. Essa situação foi destacada durante um inquérito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que investiga as práticas da Apple no Brasil.

O inquérito do Cade, número 08700.002893/2025-17, avalia as práticas da Apple relacionadas ao uso de tecnologia NFC, fundamental para pagamentos por aproximação. O PicPay contribuiu com um documento que foi enviado em 8 de outubro, indicando que a empresa da maçã cria barreiras que não existem em outras plataformas como Google Pay e Samsung Wallet. Essa crítica é apoiada por outras entidades do setor, incluindo Nubank e Mercado Pago, que também relatam dificuldades semelhantes ao operar no ambiente da Apple.

As implicações dessas restrições são significativas, pois podem limitar a inovação no setor de pagamentos e a adoção do Pix como um método de pagamento mais acessível. O Banco Central do Brasil também enfrenta desafios para implementar sua agenda regulatória devido a essas limitações. A Apple, por sua vez, defende que não possui posição dominante no mercado e que permite a integração de terceiros à sua plataforma NFC, mas os custos associados a essa integração permanecem uma preocupação.

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