A Polícia Federal (PF) notificou o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possível inclusão do tenente-coronel Mauro Cid e seus familiares no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas. Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez um acordo de colaboração premiada, contribuindo em um caso que levou à condenação de Bolsonaro e outros militares por tentativa de golpe de Estado.
O documento da PF foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que é responsável pela homologação do acordo de Cid e atua como relator do processo. Moraes, por sua vez, enviou o ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta sexta-feira, 14 de novembro de 2025, solicitando que o órgão se manifeste sobre a proteção requerida. Durante as negociações, a defesa de Cid havia solicitado que ele fosse protegido por agentes da PF, caso fosse necessário, embora tal proteção não estivesse inicialmente prevista no programa.
A inclusão de Cid no programa de assistência pode ter implicações significativas, não apenas para sua segurança, mas também para a continuidade das investigações que envolvem figuras proeminentes do governo anterior. A decisão do STF e a resposta da PGR serão fundamentais para definir o futuro do militar e o andamento dos processos relacionados. O cenário político permanece tenso, à medida que novas revelações podem surgir a partir da colaboração de Cid.


