A Petrobras executou o desembarque de uma carga de diesel russo que havia sido apreendida da refinaria Refit, em uma operação realizada no terminal da Transpetro, em São Sebastião, São Paulo, nesta semana. Este evento é significativo, pois representa a primeira interação da estatal com diesel proveniente da Rússia desde o início do conflito na Ucrânia, embora a empresa não tenha sido responsável pela importação do produto.
Durante a operação, a Petrobras foi designada como depositária de aproximadamente 200 milhões de litros de combustíveis apreendidos, segundo informações de fontes com conhecimento sobre a situação. A Refit, por sua vez, nega qualquer irregularidade relacionada ao caso, enquanto a ANP investiga possíveis inconformidades que levaram à interdição cautelar da refinaria no final de setembro. A desinterdição parcial da unidade foi anunciada no final de outubro, após a agência constatar que a Refit atendeu a 10 das 11 condicionantes exigidas.
As implicações dessa operação são complexas, uma vez que a Petrobras adotou uma política de não comercializar combustíveis russos em resposta a sanções internacionais. Além disso, a carga de diesel, que foi transportada pelo navio Tokyo, levanta questões sobre a conformidade regulatória e a possibilidade de sanções futuras. A continuidade das operações de fiscalização pela ANP poderá impactar o futuro da Refit e a relação da Petrobras com o mercado de combustíveis.


