Uma pesquisa recente indica que 35% dos brasileiros confundem ‘não fazer nada’ com o uso de celulares, em vez de aproveitar momentos de descanso. O estudo, realizado pela Página 3, entrevistou 1.045 pessoas em todo o Brasil e mostra que 40% dos que passam o ócio nas telas relatam sentimentos de tédio, culpa ou ansiedade.
A pesquisa destaca que essa troca de descanso pelo uso do celular resulta em uma percepção distorcida do ócio. Enquanto a maioria dos entrevistados, 56%, ainda relaciona o tempo livre ao relaxamento, uma minoria busca desconectar-se das telas, associando a verdadeira tranquilidade a experiências offline. Esse fenômeno reflete uma mudança cultural nas formas como os brasileiros lidam com seu tempo livre e suas emoções.
As implicações são profundas, uma vez que a busca por ‘tempo de qualidade’ se torna cada vez mais difícil em meio a um cotidiano repleto de obrigações e distrações digitais. A pesquisa também aponta que o desejo por momentos simples de conexão e afeto é contradito pela pressão das responsabilidades diárias. Assim, a redefinição do valor do tempo pode afetar não apenas as relações pessoais, mas também a forma como se percebe o bem-estar na sociedade contemporânea.


