A oposição brasileira tenta aprovar uma proposta de anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. O projeto tramita na Câmara e enfrenta um calendário apertado, especialmente diante das votações remotas previstas para as próximas semanas, que dificultam a discussão do tema. A pressão por parte dos aliados de Bolsonaro aumenta à medida que se aproxima a data limite para a votação, com o julgamento de seu último recurso pelo STF ganhando destaque.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, e outros representantes da oposição se reuniram recentemente com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para discutir a urgência da proposta. Apesar da pressão, Motta não confirmou uma data específica para a votação, deixando a expectativa em aberto. Caso o projeto consiga avançar, ainda haverá obstáculos significativos, pois precisa passar pelo Senado, onde a resistência à anistia é mais forte.
Se a anistia for aprovada pela Câmara, a proposta deverá ser enviada ao Palácio do Planalto, onde é provável que o presidente Lula a vete. A situação gera um clima de incerteza política, especialmente considerando as repercussões que a condenação de Bolsonaro pode ter sobre o cenário eleitoral e a estabilidade do governo. O desfecho deste processo poderá influenciar significativamente a dinâmica política no Brasil nos próximos meses.


