Operação no Rio revela liderança do Comando Vermelho em todo o Brasil

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

No dia 28 de outubro, uma operação das polícias Civil e Militar no Rio de Janeiro culminou em um trágico saldo de 121 mortos, sendo 117 deles identificados como criminosos e quatro como agentes de segurança. O objetivo central da operação era desmantelar o núcleo de comando do Comando Vermelho, que se reunia nos complexos da Penha e do Alemão para planejar ações criminosas. Este evento marca um dos episódios mais violentos da segurança pública fluminense, superando operações anteriores em termos de fatalidades.

O perfil dos mortos revela a gravidade da situação: 78 indivíduos tinham histórico criminal significativo, incluindo homicídios e tráfico de drogas, e 42 estavam com mandados de prisão em aberto. A lista de mortos também inclui jovens recrutados pela facção, evidenciando a prática de aliciamento precoce em comunidades dominadas pelo crime. A operação, que mobilizou 2,5 mil policiais e durou quase 18 horas, expõe a influência do CV não apenas no Rio, mas em todo o Brasil, com membros de outros estados se unindo à facção.

A busca pelo principal líder do Comando Vermelho na região, Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca, continua. Ele é acusado de comandar execuções brutais e sua captura é uma prioridade para as autoridades. Com o planejamento de um dossiê que analisará as conexões interestaduais do CV, a polícia busca entender melhor a estrutura do grupo, que é o mais abrangente do país, presente em 25 estados e no Distrito Federal.

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