A ONU, através da Convenção contra a Corrupção (Uncac), exigiu que o Brasil adote mecanismos efetivos para combater a lavagem de dinheiro em escritórios de advocacia. A recomendação, divulgada recentemente, destaca a necessidade de uma abordagem mais rigorosa em um setor que enfrenta críticas por sua falta de regulamentação. A resistência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a essas medidas é um fator significativo a ser considerado.
O relatório da Uncac enfatiza que a lavagem de dinheiro representa um desafio crescente para a integridade do sistema jurídico e financeiro do Brasil. A OAB, por sua vez, expressou preocupações sobre a proteção da confidencialidade dos clientes e o impacto que essas regulamentações poderiam ter na prática da advocacia. A tensão entre a necessidade de proteção contra crimes financeiros e a defesa da privacidade profissional gera um debate acalorado no país.
As implicações dessa cobrança internacional podem ser profundas, levando o Brasil a reavaliar suas políticas de regulamentação da advocacia. Caso o governo não atenda às recomendações da ONU, poderá enfrentar sanções ou críticas adicionais em fóruns internacionais. A discussão sobre a lavagem de dinheiro em escritórios de advocacia pode, portanto, resultar em um novo marco legal que impactará tanto advogados quanto clientes no Brasil.

