A Novo Nordisk anunciou que a versão oral do Ozempic não conseguiu retardar a progressão da doença de Alzheimer em dois estudos clínicos, levando a farmacêutica a encerrar o projeto. Os pacientes que utilizaram o medicamento não apresentaram melhorias nas avaliações cognitivas, resultando em uma queda significativa de até 12,4% nas ações da empresa, o menor nível desde julho de 2021.
O fracasso da pesquisa elimina uma das últimas esperanças de recuperação rápida para a Novo Nordisk sob a liderança do novo CEO, que já enfrenta desafios significativos no mercado de obesidade. A decisão de interromper os estudos reflete a dificuldade de desenvolver tratamentos eficazes para o Alzheimer, uma condição notoriamente complexa e desafiadora para a indústria farmacêutica. Analistas já indicavam uma alta probabilidade de falha antes da divulgação dos resultados, mas a falta de benefícios tangíveis nos estudos gerou ainda mais descontentamento entre investidores.
Com a queda nas ações, a Novo Nordisk deve reavaliar suas estratégias de mercado, especialmente após perder participação significativa para concorrentes. A situação também levanta questões sobre a competitividade da empresa no tratamento de obesidade e demência, áreas em que a inovação é crucial. O impacto desta pesquisa fracassada pode reverberar por um longo tempo, afetando tanto a confiança dos investidores quanto a posição da empresa no mercado global.

