A Novo Nordisk divulgou que a versão oral do Ozempic não foi capaz de retardar a progressão da doença de Alzheimer, conforme evidenciado em dois estudos de grande escala realizados recentemente. A decisão de interromper os testes foi anunciada em 24 de novembro de 2025, resultando em uma perda significativa de mais de 12% no valor das ações da empresa no mercado de Copenhague, atingindo seu menor nível desde julho de 2021.
Os ensaios clínicos, que acompanharam mais de 3.500 pacientes com Alzheimer leve, não mostraram resultados positivos nas avaliações cognitivas. Essa falha representa um golpe para a Novo Nordisk sob a liderança do novo CEO, que já enfrenta dificuldades para manter sua posição no competitivo mercado de tratamentos para obesidade, especialmente após a perda de participação de mercado para concorrentes como a Eli Lilly.
Analistas destacam que o potencial de um tratamento eficaz para Alzheimer poderia ter gerado receitas significativas para a Novo Nordisk, estimadas em até US$ 5 bilhões anualmente. No entanto, a falta de benefícios tangíveis observados nos estudos e a ausência de perspectivas positivas para subgrupos de pacientes foram fatores que contribuíram para a acentuada queda nas ações, refletindo preocupações contínuas sobre a competitividade da empresa a longo prazo.

