Nova espécie de rinoceronte revela migração histórica no Atlântico

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Cientistas do Museu Canadense da Natureza descobriram uma nova espécie de rinoceronte, Epiatheracerium itjilik, que migrou para a América do Norte através de uma ponte terrestre no Atlântico, desafiando a cronologia previamente aceita sobre a dispersão dessas espécies. A pesquisa, publicada na revista Nature Ecology and Evolution, indica que essa migração ocorreu milhões de anos depois do que se acreditava, oferecendo novos insights sobre a história evolutiva dos rinocerontes.

O Epiatheracerium itjilik, que significa “gelado” em inuktitut, foi encontrado em um esqueleto fossilizado em quase sua totalidade na Cratera Haughton, em Nunavut, Canadá. Este local, que possui características geológicas únicas, preservou restos de plantas e animais, revelando que o habitat da época era uma floresta temperada, contrastando com as condições atuais do permafrost. A descoberta adiciona uma nova camada ao entendimento da diversidade de rinocerontes, que já contava com mais de 50 espécies em épocas passadas.

A identificação do Epiatheracerium itjilik não apenas proporciona uma nova perspectiva sobre a evolução dos rinocerontes, mas também reforça a importância do Ártico como um local de descoberta científica contínua. O estudo sugere que as migrações entre continentes, especialmente através do Atlântico Norte, foram mais complexas do que se imaginava. Com essa descoberta, os pesquisadores esperam abrir novas linhas de investigação sobre a evolução dos mamíferos e a biodiversidade global.

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