O compositor americano Nico Muhly compartilha suas reflexões sobre como coreógrafos reinterpretam suas composições, destacando a complexidade da notação musical. Em um evento programado para o Sadler’s Wells, em Londres, ele se mostra entusiasmado com a ideia de que esses artistas possam explorar uma nova dimensão de suas obras, algo que considera fascinante e revelador.
Muhly explica que um dos maiores desafios ao compor é como notificar o ritmo de maneira clara para os intérpretes. Ele observa que, embora suas ideias musicais fluam livremente na mente, elas precisam ser moldadas em formas reconhecíveis para serem executadas. Cada compositor possui sua própria abordagem, que pode variar desde a exclusão total de barras de compasso até a adoção de estratégias de notação alternativas, refletindo uma negociação constante entre a criação e a performance.
Com a apresentação de suas obras se aproximando, Muhly pondera sobre as implicações dessa interação entre compositor e intérprete. Ele ressalta que a notação musical, embora artificial, é crucial para a comunicação eficaz de suas ideias. O encontro entre a visão do compositor e a interpretação do coreógrafo promete enriquecer a experiência do público e ampliar as possibilidades criativas da música contemporânea.


