Na COP30, realizada em Belém do Pará, o chefe negociador da Rússia alertou que a transição energética sem combustíveis fósseis pode causar dificuldades até em países desenvolvidos. Ele enfatizou que a proposta do Brasil de eliminar esses combustíveis deve levar em consideração as realidades energéticas locais, como a falta de eletricidade em muitas regiões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca avançar na construção de uma rota para a transição energética durante a conferência.
Vladimir Uskov, negociador russo, destacou que não existe uma solução única que se aplique a todos os países, mencionando a necessidade de uma combinação de fontes de energia. Ele afirmou que as nações devem se preparar para as diferentes realidades energéticas, especialmente em lugares como Belém, onde a população ainda enfrenta desafios básicos de acesso à energia. Uskov também criticou a inação dos maiores emissores de gases de efeito estufa e seu impacto nos progressos climáticos globais.
Com a COP30 em andamento, as discussões sobre financiamento climático e comércio são fundamentais para o sucesso das negociações. Apesar das dificuldades, Uskov acredita que a presidência brasileira poderá ajudar a resolver conflitos e avançar nas metas climáticas. A situação geopolítica atual, no entanto, continua a ser um fator limitante para o aumento da ambição climática da Rússia e de outros países envolvidos na conferência.


