Um navio que transportava cerca de 2.900 bovinos do Uruguai iniciou sua jornada de volta ao país após mais de 20 dias ancorado na costa da Turquia. As autoridades turcas impediram o desembarque, alegando incoerências nos certificados sanitários, uma alegação que o governo uruguaio refuta, afirmando que a questão é de natureza comercial. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 17 de novembro, por uma fonte do Ministério da Pecuária do Uruguai.
Durante o período de espera, o cargueiro permaneceu ancorado em frente ao porto de Bandirma, onde inspeções revelaram irregularidades, como a falta de identificação eletrônica em alguns animais. De acordo com Marcelo Rodríguez, diretor de Serviços Pecuários do Uruguai, a maioria dos bovinos está em boas condições de saúde, embora cerca de 40 tenham morrido, um número considerado normal para esse tipo de transporte. O governo uruguaio defendeu que todos os animais passaram por quarentena e controles sanitários antes da partida.
A situação levanta preocupações sobre o comércio de gado vivo entre os dois países, mas o governo uruguaio garante que a relação comercial e os acordos sanitários com a Turquia permanecem intactos. Além disso, novos carregamentos de bovinos estão sendo planejados, com o Uruguai mantendo sua posição como um importante exportador de carne. A continuidade das exportações é crucial para a economia do país, que possui uma população de 3,5 milhões de habitantes e uma vasta indústria agropecuária.


