O novo Museu Germano-Alemão em Mödlareuth, na Alemanha, reconta a história de uma pequena comunidade que viveu dividida entre a Baviera e a Turíngia durante a Guerra Fria. Com apenas 50 habitantes, a vila foi marcada por um riacho que separava fisicamente seus moradores por mais de 40 anos, sendo referida por soldados americanos como ‘Pequeno Berlim’. O museu será inaugurado em 9 de novembro, data que marca o 36º aniversário da queda do Muro de Berlim.
A divisão da comunidade de Mödlareuth não apenas afetou as relações familiares, mas também transformou vizinhos em estranhos ao longo dos anos. Em um evento recente, o presidente federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, destacou o impacto humano dessa separação, lembrando aos moradores que eles foram testemunhas de uma divisão inumana. A inauguração do museu é uma tentativa de preservar a memória desse período sombrio da história alemã.
Com a abertura do museu, espera-se que a história de Mödlareuth se torne um importante ponto de referência para discussões sobre os efeitos da Guerra Fria e a reunificação alemã. A iniciativa de memorializar a história local reflete um desejo de aprender com o passado e promover a unidade entre as gerações atuais. O museu, portanto, não é apenas um espaço de recordação, mas também um símbolo de reconciliação e reflexão sobre a divisão que marcou a Alemanha por décadas.


