Um novo relatório do Ministério do Trabalho e Emprego revelou que as mulheres recebem, em média, 21% menos que os homens em empresas com 100 ou mais funcionários. A divulgação, feita em 3 de novembro de 2025, indicou que a remuneração média das mulheres foi de R$ 3.908, enquanto os homens receberam R$ 4.958. Esses dados foram coletados entre 54 mil empresas no Brasil durante o período de 2024 a 2025.
O estudo também destacou o aumento da participação feminina no mercado de trabalho, que subiu de 40,6% para 41%. Contudo, a massa de remuneração das mulheres corresponde a apenas 35% do total dos rendimentos nas empresas analisadas. A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, sugeriu que as empresas adotem práticas que promovam igualdade salarial, como a flexibilidade na jornada de trabalho e a contratação de mulheres de grupos sub-representados.
Além disso, a diferença salarial é ainda mais acentuada entre mulheres e homens negros, com uma disparidade que chega a 33,5% na admissão e uma média de R$ 2.986 para mulheres negras, em comparação a R$ 6.391 para homens não negros. Os estados com maior desigualdade salarial incluem Paraná e Rio de Janeiro, enquanto Piauí apresenta a menor diferença. O Ministério já fiscalizou 787 empresas este ano, reforçando a necessidade de transparência salarial conforme a nova legislação sancionada em 2023.

