O ciclo de quatro anos do Bitcoin, que historicamente se baseava no halving, está sob análise de especialistas que questionam sua relevância no cenário atual. O halving, um evento que reduz pela metade a recompensa dos mineradores, influenciou a formação de preços da criptomoeda, mas com a adoção institucional e mudanças macroeconômicas, seu impacto parece estar se atenuando.
A expectativa é que o próximo halving ocorra em 2028, mas especialistas como Julián Colombo sugerem que o ciclo de quatro anos se dilui em um mercado mais complexo. O economista Paulo Aragão ressalta que, apesar de não ter morrido, o ciclo está se transformando, refletindo um ambiente onde a liquidez global e a correlação com ETFs influenciam preços de maneira significativa.
Com a entrada de grandes investidores e a crescente regulamentação, a relação entre o Bitcoin e o cenário econômico se torna mais forte, desafiando a previsibilidade que antes caracterizava seus ciclos. Especialistas concordam que, embora o halving continue a exercer uma influência psicológica no mercado, sua função na precificação do Bitcoin está mudando, o que pode ser benéfico para a eficiência do mercado.