Mudança nas maternidades de Goiânia gera dúvidas sobre transparência e repasses

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A recente mudança na gestão das maternidades públicas de Goiânia, que afeta unidades como Dona Íris, Célia Câmara e Nascer Cidadão, reacendeu o debate sobre a qualidade do atendimento e a transparência nos repasses financeiros. Sob nova administração de Organizações Sociais, os repasses mensais totalizam aproximadamente R$ 12,5 milhões, um valor que suscita preocupações quanto à sua adequação para manter o padrão de serviços exigido pela população.

Os representantes sindicais criticam a nova estrutura de gestão, apontando que o valor atual é inferior ao recebido anteriormente pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas, o que compromete as condições de trabalho e a qualidade do atendimento. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás destaca que a falta de clareza sobre as metas e indicadores de desempenho das maternidades limita a capacidade de fiscalização e acompanhamento da eficiência dos serviços prestados.

Além das questões financeiras, surgem preocupações sobre a escolha das Organizações Sociais e seus históricos de gestão, que podem impactar a confiança da população. A falta de transparência em relação ao acesso às informações e a restrição à entrada de representantes sindicais e jornalistas nas unidades de saúde são alvos de críticas, que ressaltam a importância de garantir a supervisão pública e a qualidade do atendimento nas maternidades municipais.

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