O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chegou ao Rio de Janeiro para uma reunião com o governador Cláudio Castro e outras autoridades locais, após a operação policial mais letal da história do estado, que resultou em 121 mortes. Moraes determinou que todos os materiais relacionados à operação, incluindo as perícias, sejam preservados, uma decisão que atende a um pedido da Defensoria Pública da União, visando garantir a transparência e a independência técnica nas investigações.
A reunião se insere na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que monitora a letalidade policial no Rio. O encontro tem como objetivo discutir a aplicação das diretrizes estabelecidas pelo STF e avaliar o cumprimento das normas em relação à força empregada nas operações policiais. Moraes também exigiu informações detalhadas sobre a operação, incluindo justificativas e número de agentes envolvidos.
Os desdobramentos dessa reunião são esperados com grande atenção, pois podem influenciar novas diretrizes para as ações policiais no estado. A expectativa é que Moraes avalie as medidas a serem adotadas, considerando a necessidade de responsabilização por abusos e a proteção das vidas civis. O debate sobre a eficácia das operações policiais e a necessidade de um plano de recuperação dos territórios dominados por facções é central para o futuro das políticas de segurança pública no Rio de Janeiro.