O ministro Alexandre de Moraes, integrante da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, votou a favor de tornar o deputado federal Eduardo Bolsonaro réu por coação no curso do processo que resultou na condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo crime de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Eduardo se encontra nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, o que levanta questões sobre sua atuação fora do país.
A Procuradoria-Geral da República formalizou a denúncia, alegando que Eduardo e um blogueiro atuaram nos EUA para obstruir o processo judicial contra seu pai e outros réus. As ameaças dirigidas a autoridades brasileiras visavam obter sanções que pudessem influenciar o desfecho do caso. Agora, o STF deve decidir se a denúncia será acolhida, o que permitirá que Eduardo enfrente um julgamento formal, com oportunidade para defesa e apresentação de provas.
Caso Eduardo se torne réu, o processo seguirá para uma fase de instrução, onde tanto a acusação quanto a defesa poderão apresentar seus argumentos. A defesa, representada pela Defensoria Pública da União, argumenta que as manifestações do deputado são um exercício legítimo de sua liberdade de expressão. A situação gera um clima de incerteza sobre as implicações políticas e legais para a família Bolsonaro e o cenário político brasileiro.