Nesta quarta-feira (12), os ministros da Justiça, German Galushchenko, e da Energia, Svitlana Grynchuk, da Ucrânia, renunciaram após uma declaração do presidente Volodimir Zelensky. Ele indicou que ambos deveriam se demitir em razão de sua suposta participação em um escândalo de corrupção, que envolve um desvio de 100 milhões de dólares. O anúncio ocorreu em um momento crítico, enquanto o país enfrenta frequentes cortes de energia devido aos bombardeios russos.
O esquema de corrupção teria sido orquestrado por um aliado próximo de Zelensky, que é acusado de obter benefícios pessoais durante seu tempo à frente do Ministério da Energia. O escândalo gerou indignação na população, que se mobiliza para apoiar o Exército em tempos de guerra, e destaca a necessidade urgente de combate à corrupção, visto que essa é uma condição para a adesão da Ucrânia à União Europeia. No entanto, os ministros não foram formalmente acusados até o momento, e o Parlamento ucraniano deve ainda aprovar suas renúncias.
O caso representa um desafio significativo para Zelensky, que já enfrenta críticas sobre sua gestão e a centralização de poder. Acusações anteriores sobre sua tentativa de reduzir a autonomia das instituições anticorrupção aumentaram as tensões, levando a manifestações públicas. A resposta do governo a esses escândalos poderá impactar o apoio internacional à Ucrânia e sua luta contínua contra a corrupção em um período de crise.


