Nesta terça-feira (4), o ministro da Defesa do Sudão afirmou que o exército do país continuará sua luta contra as Forças de Apoio Rápido (FAR), um grupo paramilitar em conflito desde abril de 2023. A declaração ocorreu após uma reunião do conselho de defesa para discutir uma proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, que não teve seus detalhes divulgados. O exército enfrenta desafios significativos, incluindo a recente captura de El Fasher pelas FAR, que altera o equilíbrio de poder na região de Darfur.
O ministro Hassan Kabroun expressou gratidão ao governo dos EUA por seus esforços em busca de paz, mas enfatizou que os preparativos para a guerra são um direito nacional legítimo. O grupo ‘Quad’, que inclui Estados Unidos, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, tem negociado uma trégua há meses, mas a proposta de uma trégua humanitária de três meses foi rejeitada pelo governo sudanês. O cenário de violência no Sudão se intensificou, com relatos de assassinatos em massa e crimes de guerra, levantando preocupações internacionais.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo urgente para o fim da violência, alertando que a situação está saindo do controle e que as partes devem se reunir para negociações. A escalada do conflito e as atrocidades registradas chamam a atenção para a necessidade de uma solução pacífica. O futuro do Sudão permanece incerto, à medida que a luta entre o exército e os paramilitares continua a afetar a população civil e a estabilidade da região.

