Na sexta-feira, 14 de novembro, em Berlim, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, posicionou-se em defesa da Ucrânia, afirmando que não se pode julgar todo um país com base em casos isolados de corrupção. Essa declaração foi uma resposta direta às preocupações levantadas por Matteo Salvini, vice-premiê e ministro dos Transportes, sobre a compra de armamentos americanos e possíveis práticas ilícitas associadas. A afirmação de Crosetto surge em um contexto delicado, marcado pela recente demissão de ministros ucranianos sob alegações de lavagem de dinheiro.
Crosetto comparou a situação atual da Ucrânia à experiência da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, onde os aliados não julgaram o país pela máfia, mas sim ajudaram os cidadãos honestos. Ele enfatizou que a Itália está comprometida em apoiar o povo ucraniano, que tem sofrido com a maioria dos ataques russos direcionados a alvos civis. O ministro destacou a necessidade de reconhecer a guerra como uma agressão russa contra a população ucraniana, e não como um conflito militar convencional.
As declarações de Crosetto ocorreram durante a reunião de Defesa do grupo E5, que contou com a presença de representantes de países europeus, como Alemanha, França, Polônia e Reino Unido. O ministro sublinhou que a Europa tem plena consciência da natureza da guerra e reafirmou a solidariedade ao povo ucraniano. Ao final, Crosetto deixou claro que a situação atual é uma consequência do expansionismo do presidente russo, Vladimir Putin.


