A presidente do Superior Tribunal Militar, ministra Maria Elizabeth Rocha, afirmou que o ministro Carlos Augusto Amaral Oliveira utilizou um ‘tom misógino’ ao criticá-la por seu pedido de perdão em relação às omissões da Justiça Militar durante a ditadura. A declaração foi feita na abertura da sessão desta terça-feira, após a crítica de Amaral, que não estava presente na ocasião.
Durante a sessão, Maria Elizabeth leu um discurso em que protestou contra a fala do colega, considerando-a desrespeitosa e misógina. Ela destacou que a divergência de opiniões é aceitável, mas que o tom utilizado por Amaral foi inaceitável e reforçou a necessidade de respeito à magistratura feminina, que ela representa. A ministra também esclareceu que seu pedido de perdão não visava humilhar, mas sim reconhecer falhas históricas para evitar repetições no futuro.
O incidente gerou um intenso debate entre os ministros, evidenciando a tensão no ambiente do STM. A crítica recebida por Maria Elizabeth não apenas a atinge, mas também afeta a imagem da magistratura feminina no Brasil. Este episódio ressalta a importância de discussões sobre respeito e igualdade de gênero dentro das instituições judiciárias, especialmente em um contexto onde a presença feminina ainda é limitada.

