Pesquisadores da Universidade do Havaí indicam que a mineração em águas profundas pode causar sérios prejuízos à cadeia alimentar marinha. O estudo, publicado na revista Nature Communications, analisou amostras de uma operação de mineração realizada em 2022 e revelou que os resíduos gerados têm um impacto negativo sobre os organismos que dependem dessas partículas para se alimentar.
Os pesquisadores destacam que os sedimentos gerados pela mineração podem obstruir superfícies respiratórias e olfativas de diversas espécies, comprometendo a alimentação de zooplâncton e micronekton. Essa alteração não apenas afeta a biodiversidade local, mas também pode alcançar a pesca comercial, já que essas pequenas criaturas são a base da dieta de muitas espécies maiores de peixes.
Diante dos riscos ambientais associados à mineração em águas profundas, é urgente a necessidade de regulamentações eficazes que garantam a proteção dos ecossistemas marinhos. O estudo ressalta a importância de avaliar cuidadosamente as consequências das atividades de mineração, que são consideradas essenciais para suprir a demanda por materiais utilizados em tecnologias sustentáveis.


