Centenas de milionários estão deixando a Noruega em busca de países com tributação mais leve sobre a riqueza. O governo norueguês, que implementou um imposto sobre a riqueza em 1892, utiliza a arrecadação para sustentar serviços essenciais e combater a desigualdade. Em 2022, o aumento da taxa e as regras mais rígidas de saída provocaram um êxodo significativo, com 261 residentes ricos deixando o país, mais que o dobro da média anterior.
O imposto sobre a riqueza na Noruega cobra 1% sobre patrimônios entre 1,76 milhão e 20,7 milhões de coroas, e 1,1% sobre valores superiores. Além disso, um imposto de saída de 37,8% é aplicado sobre ganhos de capital não realizados acima de 3 milhões de coroas. A medida visa garantir que os mais ricos contribuam para a sociedade, uma vez que o país aboliu o imposto sobre herança em 2014.
Apesar do êxodo, a arrecadação proveniente do imposto sobre a riqueza representa atualmente 0,6% do PIB norueguês. Estudos indicam que, mesmo com a saída de milionários, o imposto não prejudica o investimento empresarial nem o emprego. A Noruega continua sendo um dos países mais igualitários do mundo, refletindo uma sociedade que, em sua maioria, ainda apoia a manutenção ou o aumento da taxação sobre a riqueza.

