O governo mexicano anunciou um aumento de até 210% nas tarifas de importação de açúcar, visando proteger a produção local e restringir o acesso ao produto estrangeiro. A decisão, divulgada nesta semana, tem um impacto direto sobre o Brasil, que é o maior exportador mundial de açúcar, respondendo por metade da oferta global. Esse movimento acendeu um alerta no agronegócio brasileiro, que já enfrenta desafios significativos no comércio internacional.
A medida surge em um contexto de pressão do setor açucareiro mexicano, que enfrenta dificuldades devido à queda nos preços internacionais e ao excesso de produção. Representantes do setor local afirmam que a proteção é essencial para evitar o fechamento de engenhos e pequenas propriedades. Além disso, sindicatos e cooperativas rurais apoiaram a decisão, enfatizando a necessidade de fortalecer a indústria nacional em um momento de competição acirrada com o açúcar importado mais barato.
Para o Brasil, a repercussão é imediata, com empresas já considerando redirecionar suas exportações para mercados na Ásia e no Oriente Médio. Especialistas alertam que mudanças dessa magnitude no mercado de açúcar podem afetar as cotações globais. Enquanto isso, o governo brasileiro acompanha a situação de perto, buscando estratégias para mitigar os impactos e evitar desequilíbrios no comércio internacional.