Mercado de crédito privado no Brasil registra correção e oportunidades emergem

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

Em outubro de 2025, o mercado de crédito privado brasileiro experimentou uma virada significativa, com os spreads de debêntures apresentando uma correção acentuada. Após meses de compressão, a recuperação abrupta nas taxas impactou diretamente as rentabilidades dos fundos de debêntures, especialmente aqueles voltados para infraestrutura, que viram suas emissões caírem consideravelmente.

Dados do Bradesco BBI indicam que o volume de emissões de debêntures atingiu R$ 59,9 bilhões em outubro, um aumento de 21% em relação ao mês anterior. No entanto, as emissões incentivadas, que oferecem isenção fiscal, sofreram uma queda de 17%, totalizando R$ 16,6 bilhões. Esse cenário foi reforçado pela volatilidade nos spreads, que se abriram em 50 pontos-base, refletindo uma mudança abrupta na dinâmica do mercado.

As consequências dessa correção podem ser significativas, com a possibilidade de resgates em massa nos fundos pós-fixados, uma vez que o histórico sugere que meses negativos podem levar à saída de investidores. Apesar disso, gestoras como a Sparta enxergam essa situação como uma janela de oportunidade para a entrada em fundos de infraestrutura, sugerindo que a estratégia cautelosa adotada nos últimos meses pode agora oferecer um ponto de virada para investidores.

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