Após a megaoperação deflagrada no Rio de Janeiro em 28 de outubro, que resultou em 121 mortes e se tornou a mais letal do país, 15 estados brasileiros iniciaram ações coordenadas contra facções criminosas. Esse movimento é um reflexo da crescente urgência em abordar a segurança pública, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando e o debate político se intensificando. A ofensiva não apenas visa desmantelar organizações criminosas, mas também sinaliza uma nova fase na abordagem do governo em relação ao crime organizado.
A operação no Rio teve como alvo o Comando Vermelho (CV), mas as ações em outros estados, como Maranhão, Pernambuco e São Paulo, focaram em outras facções, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC). O impacto político da operação gerou uma pressão substancial sobre o governo, levando à aceleração do envio ao Congresso de projetos como a PEC da Segurança Pública e o PL Antifacção. Essas propostas visam reformas significativas nas diretrizes de segurança, mas também provocaram divergências entre governistas e opositores, destacando a polarização política no país.
O governo Lula enfrenta críticas em relação à abordagem adotada durante a operação, que muitos classificam como excessiva. Diante do número elevado de mortes, figuras políticas, incluindo o próprio presidente, expressaram sua preocupação com os desdobramentos da ação. A expectativa é que as discussões sobre os projetos de lei relacionados à segurança se intensifiquem nas próximas semanas, à medida que o governo busca uma resposta legislativa adequada para lidar com a complexidade do crime organizado no Brasil.


