No dia 28 de outubro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou uma megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha, resultando na morte de 117 suspeitos, a maioria deles vinculados ao Comando Vermelho. A operação, que é considerada a mais violenta já registrada no estado, também deixou quatro policiais mortos e teve como objetivo desarticular essa facção criminosa que atua em diversas regiões do Brasil.
A investigação revelou que 95% dos mortos tinham laços comprovados com o Comando Vermelho, e 54% eram naturais de outros estados. Além disso, dos indivíduos mortos, 59 possuíam mandados de prisão pendentes, enquanto 97 apresentavam um histórico criminal significativo. A operação também resultou na prisão de 113 pessoas e na apreensão de 118 armas, incluindo 91 fuzis, o que evidencia a gravidade da situação de segurança pública na região.
As repercussões dessa ação policial são amplas e levantam questões sobre a eficácia das operações de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. Especialistas alertam que a violência pode se intensificar como resposta às ações policiais, além de questionar a estratégia utilizada, que resultou em um número tão elevado de mortes. A sociedade civil e os órgãos de direitos humanos podem exigir maior transparência e responsabilidade nas operações de segurança pública, buscando alternativas que não comprometam a vida de cidadãos e agentes envolvidos.