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Médico é condenado a 17 anos por esquema de fura-fila no SUS em SC

Gustavo Henrique Lima
Tempo: 2 min.

Um médico foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão por sua participação em um esquema de corrupção que burlava a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou a condenação na última sexta-feira, revelando que o profissional exigia pagamentos indevidos para antecipar cirurgias eletivas, como fimose e histerectomia, entre setembro de 2017 e janeiro de 2018.

As investigações mostraram que o médico, que atuava em um hospital na região de Tangará, organizava listas de pacientes e negociava valores por meio de intermediários. Os preços cobrados variavam de R$ 300 a R$ 1.200, dependendo do tipo de cirurgia realizada. O esquema envolvia não apenas o réu, mas também 27 outras pessoas, incluindo médicos, empresários e agentes públicos, que foram acusados de corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas do SUS.

Com a condenação, além de cumprir pena em regime fechado, o médico perdeu seu cargo público e deverá pagar uma multa. O caso será encaminhado ao Conselho Regional de Medicina, e medidas de controle do SUS serão reforçadas. O réu tem o direito de recorrer da decisão em liberdade, o que pode gerar novos desdobramentos no caso, dada a extensão do esquema e o envolvimento de múltiplos atores.

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