As ações da Marcopolo (POMO4) registraram uma queda de 18% nos últimos dias, após a divulgação de resultados insatisfatórios do terceiro trimestre de 2025. A subsidiária canadense NFI, que enfrenta problemas com atrasos nas entregas e um recall significativo, deverá apresentar seus resultados em 6 de novembro, impactando diretamente a avaliação da Marcopolo. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 1%, evidenciando a discrepância no desempenho das ações da empresa.
O JPMorgan alertou os investidores sobre os desafios que a Marcopolo pode enfrentar, especialmente após o aviso de lucro emitido pela NFI. Este aviso indica uma possível queda significativa no lucro em comparação ao ano anterior, o que pode afetar ainda mais a confiança dos investidores. Com a expectativa de um lucro líquido de apenas US$ 13 milhões para o terceiro trimestre, o sentimento em torno da empresa permanece cauteloso, dado que a Marcopolo possui 8,1% de participação na NFI.
Além disso, o banco prevê que a empresa poderá distribuir R$ 635 milhões em dividendos em 2026, com base em um payout conservador. Embora haja potenciais catalisadores positivos, como uma nova rodada do programa Caminho da Escola e demanda crescente na Argentina, a recuperação das ações da Marcopolo dependerá da superação dos desafios atuais. Assim, a atenção dos investidores deve estar voltada para os próximos resultados da NFI e possíveis ajustes nas expectativas de lucros da empresa.

