Na última terça-feira (11), uma marcha reuniu médicos, indígenas e integrantes da sociedade civil em Belém, com o intuito de evidenciar a relação entre saúde e mudanças climáticas. A caminhada, organizada pelo Movimento Médicos pelo Clima e apoiada por diversas organizações, percorreu 1,5 km entre a Embaixada dos Povos e a Zona Azul, onde ocorrem as negociações da COP30. O evento teve como foco os impactos diretos das mudanças climáticas na saúde da população, especialmente na Amazônia.
Os manifestantes alertaram sobre a deterioração da saúde pública, que pode ser exacerbada por fenômenos como a segurança alimentar comprometida e o aumento de doenças contagiosas. Estima-se que, entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas resultarão em 250 mil mortes anuais, segundo a Organização Mundial da Saúde. Além disso, problemas como a dificuldade de acesso a serviços de saúde em comunidades ribeirinhas foram destacados como consequências diretas da crise climática.
A relação entre saúde e clima se torna cada vez mais relevante, especialmente em um contexto onde a saúde da população indígena é vulnerável às alterações ambientais. O evento também ressaltou a urgência de políticas públicas que integrem essas questões, com a expectativa de que as discussões na COP30 tragam avanços significativos nessa área. A integração entre saúde e clima será um dos focos temáticos nas negociações futuras, refletindo a crescente preocupação com a saúde planetária.


