Os carros que passam buzinam, comemoram e até mesmo xingam os que estão ali. Uma manifestante estourou uma garrafa de champanhe para comemorar a prisão.
Logo cedo, o músico Fabiano Trompetista foi ao local para tocar a marcha fúnebre, em alusão à prisão de Bolsonaro.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também esteve no local, e considerou a prisão uma “perseguição política absurda e inconstitucional”.
Advogada tributarista e historiadora, Verine Veiga, 36, está a turismo em Brasília e decidiu enfrentar o sol escaldante na frente da Superintendência da PF para participar deste que, segundo ela, é um “dia histórico para o país, após as medidas horripilantes adotadas por Bolsonaro durante a pandemia, que quase mataram meu pai”.
“Temos de lutar contra esse ser nefasto que destruiu economicamente o Brasil. Ele tentou destruir o Judiciário também, mas o STF foi mais forte. Felizmente, a Justiça está sendo feita no Brasil”, comemorou Verine.
Já a professora de dança Kátia Moraes, 59, disse ter vergonha do próprio sobrenome, por causa do ministro Alexandre de Moraes.
“É por causa de todo esse contexto de injustiça, inveja e mentiras que vim aqui, sem hora para ir embora”, afirmou Kátia.
Ela disse não acreditar nas histórias de compras de imóveis da família Bolsonaro. “Isso é guerra de narrativas, assim como a história do golpe.”

