Livro resgata a história de Almerinda Gama, sufragista negra

Bianca Almeida
Tempo: 2 min.

Recentemente, um livro foi publicado para homenagear Almerinda Gama, uma sufragista negra que desempenhou um papel significativo na luta pelo direito ao voto feminino no Brasil. A obra surge em um contexto onde a conquista do voto é frequentemente atribuída apenas a Getúlio Vargas, que assinou o decreto em 1932. Este reconhecimento é fundamental para uma compreensão mais abrangente da história do sufrágio feminino no país.

A narrativa tradicional frequentemente ignora as contribuições de figuras como Almerinda, cuja luta pela igualdade de direitos e inclusão social foi crucial. O livro apresenta uma reinterpretação desse período, desafiando a ideia de que a história do voto feminino é simples e unidimensional. Ao destacar a trajetória de Almerinda, a obra busca resgatar a memória de outras mulheres que lutaram por seus direitos, ampliando o entendimento sobre o sufrágio no Brasil.

Essa publicação tem implicações significativas, pois não apenas valoriza a luta das sufragistas negras, mas também abre espaço para discussões sobre a interseccionalidade na história do feminismo. A obra de Angela Boldrini convida os leitores a refletirem sobre os desafios enfrentados por esses grupos marginalizados e a importância de incluir suas vozes na narrativa histórica. O resgate dessas histórias é vital para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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