O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, expressou preocupações sobre o recente relatório do PL Antifacção, afirmando que o governo foi ‘vítima de furto com abuso de confiança’. A declaração ocorreu em entrevista e foi replicada em uma rede social, onde ele criticou a equiparação de facções criminosas a organizações terroristas proposta pelo relator Guilherme Derrite, deputado do PP e secretário de Segurança Pública de São Paulo.
Farias argumentou que as modificações desfiguram o propósito original do projeto elaborado pelo Ministério da Justiça, que visava endurecer penas e fortalecer o combate às facções. Ele ressaltou que a nova abordagem pode abrir brechas para a aplicação de tratados internacionais de combate ao terrorismo, potencialmente resultando em sanções financeiras e compromissos de cooperação policial com países estrangeiros.
A controvérsia gerou reações no Congresso, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, defendeu que o relatório de Derrite mantém elementos do governo, enquanto enfatizou a urgência de se abordar a segurança pública de maneira suprapartidária. A discussão sobre o PL Antifacção deverá continuar, com Farias alertando sobre os riscos que as mudanças representam para a política pública nacional.


