Dick Cheney, que serviu como vice-presidente sob George W. Bush, foi um dos principais arquitetos do fortalecimento do poder presidencial. Durante seu mandato, ele exerceu influência significativa, promovendo ações que muitas vezes desconsideravam o equilíbrio de poderes estabelecido pela Constituição, especialmente após os ataques de 11 de setembro. Seu legado se tornou um ponto central de discussão após sua morte, com analistas sugerindo que suas estratégias ajudaram a moldar a abordagem autocrática de Donald Trump.
A trajetória de Cheney na política, que começou sob Richard Nixon e se estendeu até a administração Bush, inclui a defesa de táticas controversas como a tortura de suspeitos de terrorismo e a invasão do Iraque. Embora suas ações tenham sido amplamente criticadas, ele acreditava que a presidência precisava de mais autoridade, especialmente após o que considerava uma erosão desse poder nas décadas anteriores. O impacto de sua visão se tornou evidente quando Trump utilizou essas ideias para justificar ações executivas sem precedentes, como intervenções militares sem a aprovação do Congresso.
Atualmente, especialistas divergem sobre a responsabilidade de Cheney nas ações de Trump. Alguns argumentam que, apesar de Cheney ter facilitado um ambiente de maior poder executivo, Trump teria agido de maneira semelhante independentemente. A discussão sobre o legado de Cheney revela a complexidade da política americana e o contínuo debate sobre os limites e as responsabilidades do poder presidencial.


