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Justiça britânica responsabiliza BHP pelo desastre em Mariana e abre indenizações

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

A Alta Corte da Justiça Britânica decidiu que a BHP Billiton é responsável pelo rompimento da barragem do Fundão, que ocorreu em Mariana, Minas Gerais, em 2015. A tragédia resultou na morte de 19 pessoas e impactou centenas de milhares, permitindo que familiares busquem indenizações no Reino Unido. O escritório de advocacia Pogust Goodhead, que representa os afetados, estima que o total das indenizações poderá alcançar cerca de 36 bilhões de libras.

O processo é amplo e envolve 640 mil pessoas e 31 municípios, com a possibilidade de ações até 2029. A decisão é considerada histórica e poderá modificar o cenário legal para as vítimas no Brasil, onde BHP, Vale e Samarco já firmaram um acordo de 32 bilhões de dólares com autoridades brasileiras. Este acordo busca mitigar os impactos socioambientais da tragédia e pode reduzir o número de beneficiários na ação inglesa.

A BHP pretende recorrer da decisão britânica, argumentando que a ação é duplicada em relação às reparações já acordadas no Brasil. Além disso, a juíza britânica identificou evidências de que a barragem era instável e que o risco de ruptura era previsível. O impacto dessa decisão pode ser significativo, uma vez que as indenizações em questão podem se tornar uma das maiores da história judicial, se totalizarem os 250 bilhões de reais estimados.

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