O juiz Márcio José de Moraes, que proferiu a condenação da ditadura militar pelo assassinato de Vladimir Herzog, enfatizou a relevância das mulheres na luta contra a repressão e na busca por justiça. Em suas declarações, ele ressaltou que a atuação feminina foi fundamental para que os crimes da ditadura, ocorridos entre 1964 e 1985, fossem reconhecidos e discutidos. Essa mensagem foi proferida em um evento que abordou a importância dos direitos humanos e da igualdade de gênero no Brasil.
Moraes destacou que as mulheres, muitas vezes silenciadas, desempenharam papéis essenciais na resistência ao regime opressor e na preservação da memória histórica. A luta delas não apenas contribuiu para a busca pela verdade sobre os crimes de Estado, mas também abriu espaço para uma discussão mais ampla sobre a justiça social e a equidade. A condenação da ditadura, segundo ele, é um marco que deve inspirar novas gerações a continuarem a luta por justiça e direitos humanos.
As declarações do juiz ocorrem em um momento de renovada atenção às questões de direitos humanos no Brasil, especialmente no que diz respeito à valorização das vozes femininas na política e na sociedade. O reconhecimento do papel das mulheres na história da resistência é crucial para fortalecer a luta por igualdade e justiça. O evento, portanto, não apenas reitera a condenação da ditadura, mas também provoca uma reflexão sobre o papel das mulheres na construção de um futuro mais justo e igualitário.