Um juiz americano decidiu, nesta quinta-feira (6), retirar as acusações criminais contra a Boeing, referentes a dois acidentes fatais que envolveram o modelo 737 MAX 8 em 2018 e 2019. Essa medida é parte de um acordo firmado entre a fabricante de aeronaves e a Promotoria, anunciado em 23 de maio, que visava encerrar as responsabilidades criminais da empresa. O acordo ocorre em um contexto de intenso escrutínio sobre a segurança dos aviões da Boeing, que resultou em 346 mortes.
O acordo estipula que a Boeing pagará 1,1 bilhão de dólares, dos quais 444,5 milhões de dólares serão destinados a um fundo de indenização para os familiares das vítimas. Com essa decisão, o julgamento criminal previsto para junho em Fort Worth, Texas, foi cancelado, e a Boeing não será obrigada a admitir culpa em relação a fraudes na certificação de seu modelo. A empresa já havia expressado suas sinceras desculpas pelos trágicos acidentes, que expuseram falhas no sistema de controle de voo MCAS.
Este desdobramento representa um capítulo significativo na história da Boeing, que viu sua reputação abalada após os acidentes. Embora as acusações criminais tenham sido retiradas, a empresa ainda enfrenta várias ações civis em curso nos Estados Unidos, com um julgamento civil já iniciado em Chicago. A resolução deste caso poderá influenciar não apenas a posição da Boeing no mercado, mas também o futuro das regulamentações sobre segurança na aviação.

